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Atmo Yatri (Xá)
O andarilho cósmico Atmo Yatri, também conhecido como Xá, nasceu no sul do Brasil e seguiu um caminho permeado por espiritualidades, arte e criatividade cedo na vida.
Xá percorreu cedo na vida os círculos culturais psicodélicos, culturais e artísticos, dos anos 80. Participou de movimentos devocionais bakhtas como Consciência de Krishna e Ananda Marga, e estudou e praticou os ensinamentos de Osho, integrando esses saberes em práticas coletivas nas antigas comunidades de Alto Paraíso de Goiás, como a Osho Lua e a OCA.
Xá também frequentou a Igreja do Santo Daime, onde entrou em contato com os ensinamentos do Mestre Irineu, familiarizando-se com o uso ritualístico da Ayahuasca. E, paralelamente a tudo isso, nutriu-se espiritualmente do contato direto com as tradições indígenas e quilombolas do Planalto Central do Brasil.
Ao longo dos anos, após muitas iniciações espirituais em diferentes contextos culturais, desenvolveu uma prática própria e sintética de utilização da Ayahuasca, que honra, abraça e transcende os ensinamentos recebidos de todas essas fontes espontâneas e vivas de sabedoria e compaixão.
Xá sempre considerou que o serviço amoroso em benefício de todos os seres está no coração de toda vida espiritual legítima.
Após o fim da OCA, Xá começou a trabalhar nos fundamentos daquilo que hoje é o Centro AyaZen. Em 2008, começou a criar, junto com sua companheira Pushya, o Espaço Tsunami, que conta com alojamentos e um grande salão de meditação no coração de Alto Paraíso de Goiás.
Desde então, tem recebido a visita de muitas pessoas e grupos interessados em iniciar-se ou aprofundar-se nas artes da consagração da medicina sagrada. Sua visão intercultural atrai pessoas de diferentes culturas e tendências espirituais.
O Centro AyaZen, do qual é Orientador Espiritual, segue esse fluxo de ricas e diversas experiências, permitindo que novas gerações recebam as transmissões e iniciações espirituais necessárias ao enfrentamento da Grande Crise que enfrentamos.
Uma síntese silenciosa de sabedoria e compaixão.
“Liberte-se a si mesmo de si mesmo”
Um artista visionário e multidimensional.
Xá encontrou nas muitas formas de artes e artesanias um caminho para as dimensões sutis da mente. Através do cultivo da presença plena no momento da criação e da destruição artística, em analogia às muitas vidas e mortes que experienciamos, podemos nos conectar com um senso de totalidade cósmica que sempre nos pertenceu.
Seu trabalho é um registro vivo e vibrante de suas experiências introspectivas.
Xá nos mostra, na prática, que o mais importante não é o resultado, mas a constante qualificação da presença que você coloca em todo o processo, a intenção que você coloca em cada momento dos ciclos de criação e destruição. Assim, qualquer coisa que você decida fazer torna-se uma maneira de aprender a aprender e torna-se um modo de cultivar a presença espontânea da Consciência.
Desde o início de sua trajetória, suas perspectivas artísticas e espirituais ajudam as pessoas a encontrarem suas próprias maneiras de ter uma vida fluida e criativa.
Instagram: @atmoyatri




Jonas B. Xavier
Jonas Brandalise Xavier é filho de Atmo Yatri e seu irmão espiritual de muitas vidas. Teve sua formação cultural e intelectual fortemente influenciada por sua mãe-mestra, acadêmica e professora de história, que soube lhe transmitir valores racionalistas, humanistas e universalistas desde cedo. Viajou pelo mundo, teve uma vida diversa, conheceu muitas culturas e convenceu-se que a experiência humana, em toda suas maravilhas e horrores, é parte-todo de contextos ainda maiores, e que todas as consciências compartilham da mesma Fonte.
Desde cedo, interessou-se pelas grandes questões da humanidade e teve acesso à informação de qualidade das mais variadas fontes.
Seu ideal de participar positivamente da vida coletiva o levou a estudar Ciências Jurídicas e, posteriormente, trabalhar como analista no Ministério Público Federal do Brasil, principalmente na área criminal. Contudo, a realidade do ordenamento jurídico, à luz de sua filosofia de vida alinhada aos ensinamentos de Buda, demonstrou-se altamente insatisfatória e contraproducente. A constante deterioração da realidade política do Brasil o fez questionar seu papel em meio à burocracia incoerente do Estado.
Aos 33 anos, uma profunda crise existencial que vinha se manifestando por uma década e a sensação de não estar mais contribuindo para o bem estar da humanidade em seu trabalho e em sua vida em geral, Jonas saiu em busca dos elementos perdidos de sua vida. Neste momento, reconectou-se com seu pai e redescobriu a força de seu legado espiritual.
Após intensas práticas meditativas catalisadas pela medicina sagrada, reconectou-se fortemente com sua linhagem de sabedoria e, transformado pela experiência, despediu-se de seu emprego e sua vida no sul do Brasil. Em 2018, iniciou um retiro prolongado com seu pai em Alto Paraíso de Goiás, refinando sua compreensão teórica e prática das tecnologias espirituais destinadas ao treino da mente e do coração. Desde então, tem auxiliado Xá na recepção e guiagem de grupos e pessoas das mais variadas partes do mundo, adquirindo sabedoria experiencial na compreensão dos fenômenos sutis da mente.
A Teoria Integral, formulada dentre outras por Ken Wilber, lhe forneceu um glossário e uma visão mais completa, conectado ao vocabulário ocidental, para compreender e integrar as diferentes sabedorias humanas, e as experiências e percepções que acumulou em sua vida e seu eremitério.
Ao lado de Xá, começou a trabalhar na estruturação e criação do Centro AyaZen de Estudos e Práticas Enteogênicas e Integrativas, do qual é Diretor Geral. Acredita que o Centro AyaZen pode ser um espaço-tempo de integração para as diferentes perspectivas humanas, em prol de maior harmonia e compreensão entre as culturas.
Seu objetivo de vida é, simultaneamente, continuar sua prática introspectiva pessoal e, na medida de suas capacidades, auxiliar outras pessoas a trilharem seus próprios caminhos espirituais. Nesta missão, faz uso de sua capacidade intuitiva de utilizar sucessivos questionamentos e contemplações para realizar a natureza interconectada e impermanente da realidade e adentrar o estado meditativo de “não saber”. Também desenvolve a capacidade da utilização não sectária da Ayahuasca como tecnologia de resgate da Consciência e do realinhamento (metafórico da mente com o coração).